Seu
juízo rodeia o mundo preto-e-branco. Mas do alto a terra é uma peteca azul. Em torno do ringue vampiros berram impropérios. O último soco lhe tirou
toda esperança de estabilidade e o inchaço avança sobre o último olho. A
quentura do sangue lhe percorre a face. Afago da morte. Braços trêmulos tentam
erguer o corpo de mil toneladas. O juiz chega ao meio da contagem. Enquanto
viva a mãe nunca aprovou a profissão. Ágil de pernas, o adversário saltita a
seu lado. Resta-lhe o último fôlego. Erguer-se é optar pelo definitivo.
Deitar-se também.
Qual o limite entre realidade e ficção? Entre teatro e vida? Entre representação e existência? Ser e não-ser? Loucura e lucidez? Entre filosofia e literatura? Imagine uma peça teatral em que cada respiração, ato e não-ato, cada pensamento, delirante ou sóbrio, são representações, vivências de papéis sugeridos pelo próprio palco e levados à cena com perfeição por atores sem público, sem platéia, sem aplausos... Imagine este palco como resultado da confluência entre um deserto exterior, imensurável, e outros tantos, interiores, também sem limites, reunidos ao acaso, mera contingência... Agora imagine que tudo isso é um romance, um romance escrito em torno de uma única palavra: Adeleine! Quem é Adeleine?
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Dia anoitecendo, eu largando uma corrida no fundo apocalíptico da Restinga
Velha, prédios em ruínas, esqueletos de carros esquecidos nas ruas, um funk
toca...
Há Lia
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Ora, ora
Quem vem cá
À morta hora
Quem saberá?
Alia-se à escuta?
Há Lia na escrita?
Quem saberá?
(Postado para recusar a hipótese do blogger de exc...
O ARGUMENTO DA DIFERENÇA PRÁTICA
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Um dos argumentos de positivistas exclusivos contra positivistas inclusivos
para mostrar que, se o Direito incorporasse critérios morais, ele deixaria
de f...
SOBRE O IGUALITARISMO
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Há quem considere que o igualitarismo pretenda que todos sejam iguais. Não
é isso. As pessoas são diferentes em raça, sexo, estatura, peso, força,
agilidad...
Menina traquina
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*Menina traquina*
Ela me fasciname ensina a olhar.
E eu fico parado
meio aparvalhado
apenas
de vê-la passar.
Se eu fosse
fosse eu
aquela menina
que br...
Conjugação do Amor
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Viver, sem amor ter, não é viver, nem ser, por merecer, sequer um ser. É
ter, sem nem querer, um só sofrer de ver, com desprazer, se fenecer. Pra
dar, a al...
alguma nudez: hebert list
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Herbert List (07 de outubro de 1903, 04 de abril de 1975) foi um fotógrafo
alemão que trabalhou para revistas como Vogue , Harper’s Bazaar e Life .
Fim
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Não guardes para mim o que não te serve mais. Sobejos, me convêm... Prefiro
a palha de teus olhos ao sol da tarde e ao azul que ficou para trás.
Eles co...
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*O que há de novo! *
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Resenha do romance *Memórias quase póstumas de um e...
2 comentários:
Texto à reflexão refletindo a tua e que me delicio ao ler. Parabéns!!!! Salomão Larêdo
Obrigado, Salomão! Um abraço!
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