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Imagem encontrada na internet |
Enquanto não era um deles eu os observava. Eu os analisava. Eles eram ridículos em tudo. Se alguém me flagrasse com os dedos a acariciar o queixo e com as sobrancelhas franzidas, podia estar certo: eu pensava neles, eu pensava mal deles. Então, um dia, eles tiveram a ridícula idéia de me dar um cavalo. Aceitei meio sem jeito, por educação. Com um grunhido me indicaram que montasse. Por educação, montei. No primeiro galope, a que me submeteram com uma tapa na traseira do animal, me senti um deles. No segundo, eu já era um deles. Agora, como carne crua e não saio do cavalo para quase nada. Sou um deles e nos acho formidáveis!
5 comentários:
em alguns casos a questão é mesmo de química (rss...) brincadeiras de lado, sempre bons estes teus pequenos contos. 1 abraço
A gente troca de pele e nem sente... será que sempre desejou, ou acomodar-se a uma nova pele é questão de sobrevivência? Abraço, querido. Beijo na tua Lia.
olá...gostei muito do seu blog, qdo tiver um tempinho dá uma passadinha no meu...Uma ótima semana pra vc! beijossssss
Há tanto tempo nao te visitava!
Contos profundos estes que contas e nos dás para pensar mais tarde...
ou mesmo agora.
Quando ocorre a mutação?
Quando entra a sede do poder em jogo?
Quanto consegue a capacidade de resistir e dizer não?
Até onde podemos trair nosso eu?
Até lugar nenhum.
Resistir é condição de valores.
A essência fala durante a noite :)
Subir no cavalo, tudo bem... mas comer carne crua, never. Prefiro não pousar meu olhar nos chacais, ao menos luto por isto.
Sempre brilhantes teus textos.
Carinhos pra ti meu amigo.
Clarice
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