quarta-feira, julho 08, 2009

VERTIGEM E SIGNIFICAÇÃO

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Milênios de artefatos materiais, mito, arte, religião, filosofia, ciência e vulgaridade: ilusões do pintor que tira pincéis da própria carne e tintas do próprio sangue. Mas, carne e sangue, não é ele mesmo quem, sabe-se lá por que via de milagre, fabrica? E para quê? Para, obsessivo, esfregar na tela arredia a qualquer cor!

7 comentários:

Lua em Libra disse...

Olá, Edilson

Teu texto lembrou o Meu Nome é Vermelho, o mesmo mote, um ritmo, talvez, uma obsessão em definir.

Gosto de ler-te. Abraço

CeciLia

Renato Alt disse...

Rapaz, lembrou-me algo que, volta e meia, (também) me ocorre: um turbilhão de sentimentos, de pensamentos, que pedem para serem libertados com uma urgência irrefreável. Textos assim falam profundamente, e dão, mesmo, muito o que pensar.
Parabéns.
Abraços.

clarice ge disse...

(To aqui pensando qual o significado do número 1 neste texto. Será o 1 que antecede o 2 e outros mais?)
Também me pergunto "e para quê" tudo isso?.. e não obtenho resposta. Sei apenas que o pintor continuará milagrando-se e sangrando em telas...
Meu carinho Edilson

Edilson Pantoja disse...

Clarice, querida! O 1 realmente antecede o 2 e outros mais. Trata-se de um novo projeto. Só funciono se tiver um projeto. Minhas longas ausências do blog se explicam pela falta de projeto - algo a executar. Agora tenho um. E pretendo levá-lo por um bom tempo. Uma tentativa de, sem abrir mão da literatura, estar mais próximo do filosofar. Mas seguirei a mesma política de textos curtos, breves, fragmento, ainda que em conjunto.
Conto com tua sempre presente companhia e comentários.
Abraço!

Leila Andrade disse...

Edilson,
ofício de poucos o talento do sangue.
Bom estar por aqui também e poder me demorar.
Bj

Edilson Pantoja disse...

Obrigado, Leila!
Fique à vontade!
Abraço!

Dora disse...

Olá, Edilson Pantoja! Tomei a liberdade de olhar de perto seu espaço.
E resolvi acompanhar seu "projeto".
A História da humanidade, que fabrica sistemas filosóficos, realiza obras e artefatos, que denominamos Arte, além dos apelos aos deuses( uma das formas da transcendência)...tudo isso se condensa na palavra "ilusão".
É nessa ilusão que o pintor sangra a tela, o poeta sopra palavras, o filósofo exercita a razão, o teólogo busca as provas de suas teses...enfim, é assim que se tenta nomear e entender a existência.
Paliativos? Bengalas?
Mas, viver, sem essas "criações", é duríssimo, não?
Gostei de seu blog.
Um abraço de admiração.
Dora